Mais de 300 delegados se reuniram, na manhã de hoje, dia 14, no auditório do hotel Fiesta, para discutir o futuro da classe. Segundo representantes da categoria, integrantes da mesma decidiram entregar os cargos e suspender as operações policiais por 30 dias. Eles alegam aumento de apenas 4% concedido pelo Governo do Estado e a ausência de diálogo por parte da administração, além da falta de investimentos na instituição, em estrutura e na contratação de pessoal.
“O nosso governador Rui Costa vive encastelado em seu gabinete e durante toda a sua gestão a sua principal prática foi cortar benefícios dos servidores da Segurança Pública, mostrando, desta forma, o descaso que possui com a pasta, enquanto a sociedade sofre com nefastas consequências”, afirmou o presidente Fabio Lordello.
Ainda segundo representantes da categoria atualmente os delegados da Polícia Civil da Bahia estão entre os piores salários da categoria em todos os estados do país, ocupando a 24ª posição no ranking salarial. “A categoria não aceita mais está na penúltima colocação no ranking das remunerações de delegados no Brasil, portanto, ou a administração senta para conversar ou a classe irá cruzar os braços”, disse Lordello.
De acordo com as deliberações realizadas na assembleia, a expectativa é que o governador Rui Costa atenda a entidade até o dia 21 de março, caso não aconteça, membros da categoria informaram que serão recolhidas as assinaturas e a entrega de todos os cargos da Polícia Civil ocupados por delegados e que essa ação acontecerá a partir do dia 25 de março.
Ainda em assembleia ficou definido que a partir de hoje, dia 14, estão suspensas todas as operações e o cumprimento de mandados, além das representações por novas medidas cautelares, inclusive as medidas protetivas decorrentes da Lei Maria da Penha, pelo prazo de 30 (trinta) dias.