O presidente do DEM, ACM Neto, avalia que 2021 será um ano muito difícil. Prestes a terminar o segundo mandato na prefeitura de Salvador, Neto prevê problemas para o presidente Jair Bolsonaro se ele não aposentar o tom de confronto nem reorganizar a articulação política com o Congresso. “Bolsonaro vai perder se apostar no radicalismo”, diz. “O Centrão, sozinho, não tem voto para entregar ao governo”.
O DEM comanda hoje a presidência da Câmara, com Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, com Davi Alcolumbre (AP) e aguarda um veredito do Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de reeleição da cúpula do Congresso. O adversário da vez é o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), chefe do Centrão e candidato à cadeira de Maia.
Defensor de uma aliança de partidos de centro e centro-direita na disputa presidencial de 2022, Neto avalia que o apresentador de TV Luciano Huck pode ser “um bom quadro” para um projeto futuro e nega acordo para apoiar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao Planalto. “O DEM não está fechado com Doria nem com Huck nem com ninguém”, afirma.
Correio*