O presidente Jair Bolsonaro desistiu de comparecer à cúpula do Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul), marcado para quinta-feira, 27, em Cartagena das Índias, na Colômbia, e escalou o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) para representá-lo.
A desistência do evento internacional ocorre após Bolsonaro cancelar sua agenda oficial para o dia. Conforme apurou o Estadão/Broadcast Político com uma fonte ligada ao Palácio do Planalto, o presidente está abalado com a morte de sua mãe, Olinda, ocorrida na última sexta-feira, e quer ficar no Brasil para participar da missa de sétimo dia, prevista para quinta-feira. A mudança de planos para a cúpula de líderes sul-americanos foi confirmada ao Estadão/Broadcast Político pela Vice-Presidência da República.
O cancelamento dos compromissos acabou provocando boatos de que Bolsonaro pudesse estar com algum problema de saúde; no início do ano, ele foi internado para tratar uma obstrução intestinal. À reportagem, o médico do presidente, Antônio Macedo, descartou essa hipótese e afirmou que Bolsonaro está bem de saúde.
Prosul
Por iniciativa dos líderes conservadores Sebastián Piñera, presidente do Chile (eleito em 2021, Gabriel Boric tomará posse em março) , e Iván Duque, presidente da Colômbia, o Prosul foi criado em março de 2019 na tentativa de consolidar um espírito mais à direita na América do Sul e isolar a Venezuela.
Após a adesão ao grupo, o Brasil deixou a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), fundada em 2008, no momento em que a região era governada majoritariamente por partidos de esquerda. À época, o Brasil era comandado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2022.
Estadão