A Bahia registra 5.808 casos confirmados de Covid-19, o que representa 28,54% do total de casos notificados no estado. Considerando o número de 1.436 pacientes recuperados e 214 óbitos, 4.158 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19, o que são chamados de casos ativos.
Os casos confirmados ocorreram em 172 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (66,87%). Os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes são em Ipiaú (2.441,52), Uruçuca (2.095,52), Ilhéus (1.792,68), Itabuna (1.038,30) e Salvador (1.352,20).
O boletim epidemiológico registra 10.864 casos descartados e 20.347 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.
Taxa de ocupação
Na Bahia, dos 1.025 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para Covid-19, 451 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 44%. No que se refere aos leitos de UTI adulto e pediátrico, dos 437 leitos exclusivos para o coronavírus, 246 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 56,3%. Cabe ressaltar que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.
Exames
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) realizou 27.758 exames do tipo RT-PCR, que é o padrão ouro para identificar o genoma viral do coronavírus, no período de 1° de março a 11 de maio de 2020. Atualmente, 2.316 amostras estão em análise laboratorial e os exames são liberados em até 48 horas.
Óbitos
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) contabiliza 214 mortes pelo novo coronavírus em 38 municípios. Estes números contabilizam todos os registros de janeiro até as 17 horas desta segunda (11). As últimas notificações seguem abaixo:
205º óbito – mulher, 62 anos, residente em Salvador, comorbidades diabetes e doença cardiovascular crônica, foi a óbito dia 09/05, em hospital da rede pública.
206º óbito – homem, 67 anos, residente em Salvador, comorbidade doença cardiovascular crônica, foi a óbito dia 10/05, em hospital filantrópico.
207º óbito – homem, 39 anos, residente em Salvador, comorbidade paralisia cerebral, foi a óbito hoje, dia 11/05, em hospital filantrópico.
208º óbito – homem, 61 anos, residente em Salvador, comorbidade diabetes e doença cardiovascular, foi a óbito dia 08/05, em hospital da rede pública.
209º óbito – homem, 75 anos, residente em Salvador, comorbidades insuficiência renal aguda e doença cardíaca, foi a óbito dia 03/05, em hospital da rede pública.
210º óbito – mulher, 80 anos, residente em Salvador, comorbidades hipertensão arterial e doença neurológica, foi a óbito hoje, dia 11/05, em hospital filantrópico.
211º óbito – homem, 78 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, foi a óbito dia 06/05, em unidade da rede púbica.
212º – homem de 73 anos, residente em Salvador. Comorbidades: Doença do Sistema Nervoso Central. Foi a óbito no dia 05/05 em um hospital público de Salvador.
213º – mulher de 57 anos, residente em Salvador. Comorbidades: Paralisia Cerebral. Foi a óbito no dia 06/05 em um hospital público da capital.
214º – mulher de 54 anos, residente em Jacobina. Comorbidades: diabetes. Hipertensão arterial e obesidade. Foi a óbito no dia 09/05 em um hospital público de Salvador.
Faixa etária
Quanto ao sexo dos casos confirmados, 50,94% foram do sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 25,24% do total. O coeficiente de incidência por 1.000.000 de habitantes foi maior na faixa etária de 80 e mais (732,27/1.000.000 habitantes), indicando que o risco de adoecer foi maior nesta faixa etária, seguida da faixa de 30 a 39 anos (639,02 /1.000.000 habitantes).
Ressaltamos que os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação. Outras informações em saude.ba.gov.br/coronavirus.
De acordo com a nota técnica n° 54 (disponível em saude.ba.gov.br/coronavirus), as unidades de saúde devem realizar a coleta de amostras somente quando o caso suspeito de Covid-19 se enquadrar nos critérios abaixo:
1. Pacientes internados com suspeita de COVID-19;
2. Pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG);
3. Profissionais de saúde com síndrome gripal suspeitos de COVID-19, ou contactantes de casos confirmados de COVID-19 mesmo assintomáticos;
4. Pacientes que foram a óbito com suspeita de COVID-19 cuja coleta não pôde ter sido realizada em vida;
5. Pessoas com febre, suspeitas de infecção, triadas nos aeroportos, portos e nas estradas.
Observação: pacientes que não se enquadrem nas situações acima não têm indicação para coleta de amostras.
Definição de caso suspeito de coronavírus (Covid-19):
Definição 1 – Síndrome Gripal (SG): indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, mesmo que relatada, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade respiratória.
– Em crianças (menos de 2 anos de idade): considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico.
– Em idosos: a febre pode estar ausente. Deve-se considerar também critérios específicos de agravamento como sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.
Definição 2 – Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): Síndrome Gripal que apresente dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto.
– Em crianças: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.