A cúpula do Partido dos Trabalhadores ficou insatisfeita com o desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro debate dos candidatos à Presidência, realizado na noite deste domingo, 28. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Lula decidiu adotar a estratégia defendida por parte de seu entorno de não entrar em embates com o adversário, Jair Bolsonaro.
A ideia defendida por alguns aliados era de que Lula mostraria um estilo mais “presidenciável” do que Bolsonaro, ao preferir falar de assuntos nacionais a entrar nos ataques diretos. O diagnóstico interno no PT é o de que a população está cansada da radicalização política e que a imagem pacificadora é uma forma de tentar aglutinar os votos anti-Bolsonaro ainda em disputa.
Na prática, no entanto, aliados do ex-presidente consideraram a estratégia mal sucedida, com Lula na retranca e a imagem de que o petista fugiu de perguntas do adversário como a primeira, sobre corrupção. Aliados reclamam que Lula deveria ter sido mais enfático ao ser confrontado sobre os escândalos de corrupção na era petista, assim como fez no Jornal Nacional.
A expectativa da campanha é de que o horário eleitoral gratuito ajude a dissipar essa impressão; a disputa presidencial volta ao rádio e à TV nesta terça-feira, 30.
Estadão
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