O leilão de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), previsto para o quarto trimestre deste ano, poderá ser disputado por investidores internacionais, em parceria com operadores privados nacionais. A expectativa é do superintendente da Área de Estruturação de Parcerias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Cleverson Aroeira, que participou hoje (30) de encontro virtual promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Aroeira informou que o banco tem conversado com mais de 20 potenciais investidores estrangeiros, como fundos soberanos árabes, fundos de pensão e de investimentos do Canadá, fundos de infraestrutura, operadores da China, entre outros.
O projeto de concessão da Cedae tem prazo longo, de 35 anos, o que atrai esse tipo de investidor. O banco conversou também com empresas do setor de energia, que têm olhado com interesse para o setor de saneamento, cuja participação privada no país, até o momento, é de 10%. “Quem chegar primeiro vai pegar os primeiros retornos. O pioneirismo rende dividendos”, destacou Cleverson Aroeira. Ele disse que como o projeto é grande demais, alguns dos cinco operadores privados do Brasil de maior porte terão que fazer parcerias para concorrer ao leilão.
O superintendente do BNDES salientou que o projeto da Cedae constitui a maior concessão na área de saneamento e é o maior projeto de infraestrutura do país, com investimentos no total de R$ 33,572 bilhões, sendo R$ 11,9 bilhões em água e R$ 21,6 bilhões em esgotamento sanitário, de acordo com o estudo feito pelo banco e que se encontra atualmente em consulta pública.
O modelo aprovado poderá receber sugestões e críticas até o próximo dia 10 de agosto, quando completarão 60 dias de consulta. O BNDES vai ajudar o governo fluminense a responder a todas as contribuições e efetuar os ajustes necessários.