Já em operação em algumas áreas da China, Estados Unidos, Coreia do Sul e Reino Unido, a rede 5G permitirá transportar dados com velocidade até 20 vezes maior do que a 4G atual, com diminuição da latência (atrasos) nas conexões e o tempo de download de arquivos.
Espera-se também que o 5G facilite a conexão de máquinas e dispositivos via internet e que isso resulte no aumento do uso de internet das coisas (IoT), inteligência artificial e robótica.
Para o público leigo, o lado mais visível de 5G estará nas transmissões de vídeos via streaming, mas os impactos mais positivos da tecnologia deverão ser na indústria e na saúde, ao permitir agilizar os processos e tornar as fábricas mais inteligentes e monitorar pacientes constantemente, à distância. Home office e educação à distância, que ganharam visibilidade na pandemia, também podem ser muito beneficiados.
A China está à frente na implantação de 5G, em todos os sentidos, inclusive no tecnológico: os Estados Unidos vêm tentando bloquear a venda de equipamentos chineses a outros países, temendo que esses acabem se tornando um padrão que dificultaria a venda de equipamentos americanos.
Internamente, o uso de 5G cresce na China: até o final deste ano, pretendem ter 550 mil estações rádio base (ERBs, as torres de celular) 5G em operação, que permitirão que as cidades de maior porte tenham esse serviço disponível já neste ano, devendo a expansão continuar, permitindo que todo o país utilize a tecnologia.
São investimentos de bilhões de dólares, mas que, entre outros benefícios, permitirão que até 2025 sejam criados na China 3 milhões de empregos diretos na área.
No Brasil, falava-se que teríamos 5G operando ainda neste ano, mas a lentidão com que o processo vem sendo conduzido leva a acreditar que, com muito otimismo, começaremos a utilizar 5G em escala muito pequena em 2021. Ainda está em consulta pública o edital que permitirá o leilão das faixas de frequência 5G; depois do leilão será preciso implementar toda a estrutura necessária, como as ERBs, computadores, softwares etc.
O Fórum Brasileiro de IoT e a Universidade Presbiteriana Mackenzie estão contribuindo com o processo, preparando um documento contendo sugestões acerca do edital a serem enviadas à ANATEL, que está conduzindo o assunto.