O ex-prefeito de Catu, Gera Requião, comemorou em suas redes sociais o arquivamento de denúncia formulada pela ex-vereadora Clara Sena. Segundo Gera, o Ministério Público refutou as alegações da ex-vereadora, que pediam a suspensão da abertura de crédito suplementar pela Prefeitura de Catu/BA, visando a pavimentação asfáltica do município, com recursos provenientes de empréstimo contraído perante a DESENBAHIA em sua administração.
Na oportunidade, o prefeito disse que: “em razão de denúncias infundadas feitas por Clara Sena, as obras foram paralisadas, empregos ceifados e prejuízos gerados pelo poder púbico”. Gera disse ainda: “Ao povo catuense, ficou a esperança da Pavimentação Asfáltica e do Esgotamento Sanitário em vários bairros e distritos e por distorções da realidade, foram interrompidos”. A fala do ex-gestor em sua rede social cita que a ação movida junto ao Ministério Público acarretou em prejuízos aos cofres públicos e empregos ceifados. O ex-prefeito finalizou fazendo a indicação do filme: O silêncio dos “inocentes”.
A Ex-vereadora e atual diretora de Comunicação da Prefeitura, Clara Sena, respondeu também em suas redes sociais e mesmo o processo sendo arquivado, a mesma classificou o empréstimo tomado pela prefeitura na gestão de Gera como uma das maiores vergonhas do seu governo e lembrou que o pedido de empréstimo foi para pavimentar ruas, em parte, já pavimentadas por ele mesmo.
Clara fez questão de lembrar também que a filha do ex-prefeito está sendo acionada na justiça por não devolver uma residência que pertence ao município. “Em um momento onde a filha do ex-prefeito é acionada pela Justiça a se manifestar pela ocupação irregular de um patrimônio público e, que ainda se recusa devolver, (para quem não sabe ela mora em um imóvel cedido pela Petrobras à Prefeitura), o mesmo vem a público se manifestar quanto a um processo de arquivamento de uma das maiores vergonhas do seu governo”, disse.
A ex-vereadora ressalta ainda que, “Se após a nossa denúncia, o ex-gestor através do ofício DOP 07/2017, solicitou a exclusão de 26 ruas e travessas do projeto por já estarem pavimentadas, assim como a supressão do valor de aproximadamente dois milhões de reais do valor de empréstimo, o prejuízo não foi causado, mas claramente evitado aos cofres públicos”.
Para Clara, a denúncia foi arquivada pelo MP por questão de prazo e não pelos fatos. Ela diz ainda que apesar de a ação ter sido movida por ela e mais quatro vereadores, o ex-gestor cita apenas o seu nome e pergunta: “Por que será? Por que sou mulher? Por que eu não me permiti ser massa de manobra de velhos políticos? Ou por que começam a tentar desde já invalidar uma possível candidatura minha? ”
Para finalizar e respondendo a sugestão de filme deixada por Gera “O Silêncio dos Inocentes”, a vereadora também fez a sua sugestão, porém não de filme e sim de artigos: “deixo como sugestão de leitura os artigos 560 a 566 do novo Código do Processo Civil, sem esquecer do artigo 9º, da Lei de Improbidade Administrativa”.