O número de casos confirmados de malária em cidades do extremo-sul da Bahia saltou de 9 para 36, um aumento de 289%. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) acompanha o surto na região e enviou técnicos e materiais para análise dos casos. Os resultados foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Já na semana passada, a Sesab tinha identificado nove casos de malária: um em Porto Seguro, outro em Itamaraju, e sete em Itabela. Nessa terça-feira, a Secretaria informou que há 36 casos confirmados na região até o momento, dos quais 35 são no município de Itabela e um em Porto Seguro.
A pasta informou ainda que já foram enviados técnicos da Vigilância Epidemiológica estadual para os municípios, para pesquisa do vetor (o mosquito do gênero Anopheles), e oferta de treinamento sobre o manejo clínico dos pacientes, além de reconhecimento geográfico e delimitação da área de risco, com busca ativa de casos suspeitos e tratamento supervisionado. Também foram encaminhados 120 mosquiteiros de casal e 200 mosquiteiros de solteiro.
Os últimos casos registrados de malária na Bahia foram em 2018, com 77 casos confirmações de residentes do município de Wenceslau Guimarães, pelo exame gota espessa.
A malária é transmitida pela picada de mosquitos Anopheles infectados com o parasita, o protozoário Plasmodium. A doença também pode ser transmitida por compartilhamento de seringas, transfusão de sangue e de mãe para o feto, na gravidez.
Entre os sintomas estão febre alta, calafrios, sudorese e dor de cabeça, dores musculares, taquicardia e aumento do baço. Nos casos letais, o paciente desenvolve o que se chama de malária cerebral.
Fonte: Correio