Na Sessão Ordinária desta terça-feira (21), o vereador Nego Zezinho pediu a suspensão do processo e pagamentos aos contemplados na Lei Paulo Gustavo por suspeita eminente de impessoalidade. Zezinho pontuou em sua fala que o que determinou o seu pedido foi o fato de que muitos dos aprovados no referido processo são servidores públicos ligados diretamente a gestão, podendo configurar tráfico de influência, tirando assim a livre concorrência e deixando de contemplar pessoas que realmente foram impactadas com a pandemia.
Durante a sessão, outros vereadores apoiaram a ação de Zezinho e afirmaram: pode até não ser errado a participação desses funcionários, porém é imoral, já que acabam tirando a oportunidade de quem mais precisa.
Um dos funcionários da ascom, contemplado com o projeto, foi o filho do Vereador Neto Cachorrão e durante a sua fala, o mesmo foi em defesa dos contemplados e disse: “Se for para falar de algo imoral eu posso citar “N” situações aqui na casa como, por exemplo: carros alugados, máquinas alugadas e etc.” A fala do vereador revoltou alguns vereadores como Paulo de Cacinho e Nil Prefeitura.
Nil Prefeitura disse, “você como fiscal do povo, Neto, tem o direito e dever de denunciar, se tem algo de errado você não pode ficar calado. Uma coisa eu digo, eu não vou ser notificado pelo ministério público por conta de contratar familiares aqui na Câmara, principalmente filho. Não estou preocupado com isso não, não tenho assessores fantasma, todos eles trabalham de verdade. A família de Nil Prefeitura não ganha salário de Câmara não e se alguém provar que tenho familiar na Câmara mostre que eu tiro na hora, mas te digo, não tenho”, pontuou.
Já o vereador Paulo pediu que Neto desse o nome dos vereadores que ele afirma que tem carros e máquinas alugados na gestão. “Eu tenho família, mãe, filho e não posso aceitar que o Sr. Jogue o meu nome na lama. Eu tenho meu nome limpo e não tenho nada para esconder de ninguém, eu exijo resposta Sr. Presidente. Se Neto tem algum problema para resolver, ele não pode envolver os vereadores”, pontuou.
O vereador Neto Cachorrão retrucou e disse: “sem problemas, Sr. Paulo, se o senhor não sabe, eu posso divulgar uma lista imensa com “N” situações”.
O vereador Rubens de Palavrado também se mostrou indignado com a fala do vereador e disse que não tem nada alugado na prefeitura e que essa questão fica chato. “Eu comungo com a fala de Paulo, pois isso preocupa a gente a forma como vai soar lá fora essa fala do vereador. Talvez a participação dos funcionários, inclusive o seu filho, não seja errada, porém pode ter sido imoral. Muita gente que precisava ser contemplado não foi”, pontuou Rubens.
O vereador Nego Zezinho finalizou dizendo que, “não fez oficio com medo de ninguém e que fez o ofício com transparência e credibilidade e que vai até o fim”.