Antes de serem reservas particulares, determinadas áreas são, sobretudo, patrimônios naturais graças ao elevado grau de importância da biodiversidade nelas existentes. E é a consciência acerca desta riqueza que faz com que os proprietários destas áreas optem, voluntariamente, por solicitar juntos aos órgãos ambientais o reconhecimento da propriedade como Reserva Particular do Patrimônio Natural. Mais conhecidas pela sigla RPPN, estas unidades de conservação apresentam especial relevância social e ambiental para as comunidades vizinhas pelos serviços ecossistêmicos que prestam gratuitamente. E muitas, talvez, nem se deem conta disso.
Por participarem da regulação de fatores como preservação e controle de sistemas hidro-climáticos e da proteção do solo contra erosão, as RPPNs asseguram a manutenção de espécies da fauna e flora em equilíbrio. Elas contribuem para purificar a água e o ar, amenizar os fenômenos mais intensos do clima e promover a fertilidade do solo, controlando erosões. Além disso, viabilizam condições adequadas à reprodução da vegetação pela polinização e pela dispersão de sementes, o controle de pragas e o sequestro de carbono por meio do crescimento da vegetação, entre outros serviços ambientais importantes.
Estímulos não faltam, portanto, para que empresas como a Bracell, por exemplo, líder mundial na produção de celulose solúvel, dedique nada menos do que 8.166 hectares (já aprovados e em aprovação) de suas áreas à formação de RPPNs – uma decisão definitiva e irrevogável que assegura a manutenção desses espaços para as atuais e futuras gerações. Esta decisão faz dela uma das maiores detentoras, em número destas unidades de conservação na Bahia, todas localizadas nos biomas caatinga e mata atlântica, respectivamente no agreste e litoral norte do estado. De alguma forma, estas reservas se conectam às extensas áreas de mata nativa da própria Bracell e às de outras empresas e proprietários de terras na região, ampliando o habitat para reprodução de inúmeras espécies de plantas e animais silvestres.
É cada vez mais urgente a necessidade de que a sociedade em geral compreenda a associação destes serviços ambientais à sua melhor qualidade de vida, haja vista os lamentáveis episódios de incêndios florestais, caça e captura de animais silvestres e furto de madeira em áreas de vegetação nativa registrados quase diariamente. O enfrentamento a estas questões passa pela promoção da educação ambiental, por efetivas ações de vigilância patrimonial, pelo bom relacionamento e, claro, pelo investimento no desenvolvimento socioeconômico das comunidades – aspectos dos quais, tenho razões para acreditar, a Bracell trata de modo exemplar.
Para saber mais sobre esta atuação, convido os leitores a acessarem o Relatório de Sustentabilidade 2020, disponível no site www.bracell.com.
Foto: Acervo Bracell