Mesmo antes do ataque russo contra a Ucrânia nesta quinta-feira (24), o governo brasileiro já discutia internamente abandonar a posição de neutralidade e passar a condenar as ações do país governado por Vladmir Putin.
Segundo fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto ouvidas pela coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, uma eventual nova posição do Brasil virá por meio da adesão a resoluções multilaterais de órgãos internacionais condenando a ação russa.
De acordo com a publicação, um dos caminhos seria o Brasil assinar eventuais resoluções do Conselho de Segurança da ONU, do qual é membro rotativo, da Assembleia-Geral da ONU ou até do G-20, grupo das 19 maiores economias do mundo.
No caso do Conselho de Segurança, a avaliação do governo brasileiro é de que uma declaração condenando a Rússia será mais difícil de sair, uma vez que os russos ocupam a presidência do colegiado no momento.
Integrantes do governo brasileiro ressaltaram à coluna que a possibilidade de um posicionamento unilateral do Brasil condenando a Rússia já foi descartada internamente.
O assunto vem sendo discutido principalmente no âmbito do Itamaraty, cujos diplomatas têm mantido conversas constantes sobre a crescente tensão entre os dois países do leste europeu.
Segundo fontes do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro deu autonomia para o Itamaraty tocar o tema. O presidente pediu apenas para que órgão o comunique antes, caso decida aderir a alguma resolução multilateral.
BN