Nesta terça-feira (20) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), aprovou em Brasília, coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2), dois remédios experimentais desenvolvidos pela farmacêutica Roche. A junção dos anticorpos monoclonais resulta na barreira atuando para impedir a entrada do vírus na célula.
O medicamento é indicado para pacientes adultos ou pediátricos, a partir de 12 anos, contaminados com Covid-19, com peso mínimo de 40kg, que não precisem de oxigênio, e devem apresentar pelo menos um fator de risco de progressão da Covid-19 para utilizar o remédio. O tratamento não é indicado para a prevenção da Covid-19, agindo apenas em pacientes já infectados. O tratamento não é indicado para a prevenção da Covid-19, agindo apenas em pacientes já infectados, não sendo permitida a sua venda em farmácias.
“A ideia desse produto é que nesses pacientes se mimetize o que seria a resposta imune natural dos anticorpos produzidos em células e que essa produção extra-humana de anticorpos ajude a promover a ação imunológica”, disse o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Silva Santos.
“[Mas] esse produto não é recomendado para quem já está na situação grave da doença. Para aqueles que já estão internados se observa uma piora no desfecho clínico quando administrado em pacientes hospitalizados com covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica”, pontuou.
Em pesquisas o gerente-geral disse que os resultados preliminares em pacientes ambulatoriais, desde o diagnóstico da doença até 29 dias após início do tratamento, mostraram uma redução de 70,4% na hospitalização ou morte relacionadas com a covid-19. A Anvisa aprovou um prazo de validade de 12 meses para os medicamentos, por se tratar de uso emergencial.