Três aviões cargueiros norte-coreanos voaram para a China e voltaram na segunda-feira (16), enquanto a Coreia do Norte luta contra um surto de Covid-19 que está se espalhando rapidamente, de acordo com um funcionário do governo sul-coreano.
Os aviões viajaram para o Aeroporto Internacional de Taoxian, na província de Liaoning, nordeste da China, disse a autoridade.
Não se sabe o que os aviões estavam transportando, mas a rara viagem ocorreu depois que a China prometeu ajudar a Coreia do Norte no seu surto de Covid-19, que especialistas alertam que pode causar uma grande crise humanitária no país isolado e empobrecido.
A Coreia do Norte, que mantém suas fronteiras fechadas desde janeiro de 2020, confirmou oficialmente seus primeiros casos do novo coronavírus na semana passada.
Desde 12 de maio, o país registrou quase dois milhões de casos de “febre”, o que a mídia estatal classificou como “grande emergência nacional”.
Todas as cidades estão sob lockdown, e o líder norte-coreano Kim Jong Un mobilizou os militares para ajudar a garantir o fornecimento de medicamentos na capital Pyongyang.
Depois que os primeiros casos foram anunciados, a China disse que estava pronta para fornecer apoio total como “camaradas, vizinhos e amigos” da Coreia do Norte. Os dois países têm “uma boa tradição de assistência mútua”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
Durante a pandemia, a China distribuiu milhões de doses de vacinas ao redor do mundo, além de fechar acordos no ano passado com o programa internacional de compartilhamento de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Covax, para fornecer mais de meio bilhão de doses.
A Coreia do Norte ainda não estabeleceu um programa de vacinação contra a Covid-19, deixando sua população vulnerável, segundo a OMS. O sistema de saúde em ruínas do país também carece de medicamentos e suprimentos necessários para combater um surto da doença.
O governo sul-coreano disse que ofereceu assistência à Coreia do Norte, incluindo remédios, vacinas e outros suprimentos médicos, mas ainda não recebeu resposta.
CNN Brasil