A economia brasileira deverá encerrar 2020 com recuo de 5% no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos), segundo a nova projeção divulgada hoje (16) pelo Relatório de Acompanhamento Fiscal da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado. A estimativa indica melhora em relação à anterior, divulgada em junho, apontava queda de 6,5%.
Os números consideram o cenário base – mais provável de ocorrer – para a economia brasileira. Esse cenário leva em conta que a taxa básica de juros (Selic) permanecerá em 2% ao ano, com a inflação oficial fechando 2020 em 3% e o desemprego alcançando 13,5% no fim do ano. Para 2021, a IFI elevou a estimativa de crescimento do PIB de 2,46% para 2,8%. Até 2030, o órgão prevê expansão média de 2,3% ao ano
O relatório também melhorou as estimativas para o déficit primário – resultado negativo nas contas do governo sem o pagamento de juros – e para a dívida pública bruta brasileira. A estimativa de déficit primário em 2020 caiu de R$ 877,8 bilhões, em agosto, para R$ 779,8 bilhões no relatório atual. A projeção para a dívida pública passou de 96,1% para 93,1% do PIB.
Apesar da melhora nos números, as previsões continuam mais pessimistas que as do mercado. Segundo o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central (BC), os analistas de mercado melhoraram a previsão de queda do PIB em 2020 de 4,8%, na semana passada, para 4,66% nesta semana. A estimativa para o PIB em 2021 manteve-se em crescimento de 3,31%.
Agência Brasil