A aplicação da primeira dose da vacina contra Covid-19 Coronavac, em cerimônia conduzida pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), minutos após aprovação da Anvisa para uso emergencial (leia aqui), “está em desacordo com a lei”, na percepção do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Logo após a aprovação por unânimidade pelos técnicos da Anvisa, a enfermeira Mônicas Calazans, de 54 anos, recebeu a primeira dose da Coronavac, neste domingo (17). Ela é funcionária da ala de UTI do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo (leia mais aqui).
Em seguida o Ministério da Saúde realizou uma entrevista coletiva e o titular da pasta, Eduardo Pazuello, destacou que o acordo do governo federal com o Instituto Butantan, responsável por produzir a Coronavac no Brasil, é de que todas as doses devem ser entregues ao Ministério.
“Todas as vacinas do Butantan estão contratadas de forma integral e exclusiva”, disse Pazuello. “Todas incluive essa que foi aplicada agora”, acrescentou.
Questionado sobre o fato do governo de São Paulo já ter aplicado a primeira dose a resposta do ministro foi de que se tratava de “uma questão jurídica”.
“Tudo que esteja no estado de São Paulo no Butantan é contratado e pago pela União. 100% das doses. A coordenação do plano nacional é do Ministério da Saúde. Está pactuado com os govervadores que serão distribuídas de forma proporcional e entregues simultaneamente, qualquer movimento fora desta linha está em desacordo com a lei”, disse Pazuello.
BN