O deputado federal e apresentador de televisão Celso Russomanno, do partido Republicanos, lidera a primeira pesquisa Ibope feita após a confirmação da lista de candidatos à Prefeitura de São Paulo. Ele tem 24% das intenções de voto, e é seguido pelo atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), com 18%. Em terceiro lugar, empatados tecnicamente, aparecem Guilherme Boulos (PSOL), com 8%, e Marcio França (PSB).
Como a margem de erro máxima da pesquisa é de três pontos porcentuais, o Ibope considerou que Russomanno e Covas estão empatados no limite da margem – é como se o líder, no pior dos cenários, estivesse com 21%, e o segundo colocado, na melhor das hipóteses, também chegasse a 21%. É extremamente improvável que esse empate de fato exista, porém. Existe uma margem de erro diferente para cada porcentagem das intenções de voto – como tanto Russomanno como Covas tiveram pontuações relativamente baixas, a variação máxima de suas taxas para mais ou para menos é inferior a três pontos.
O PT, um dos principais protagonistas das eleições paulistanas desde a redemocratização do País, desta vez estreia na corrida eleitoral paulistana com significativa desvantagem em relação aos líderes. O candidato do partido, Jilmar Tatto, tem apenas 1% das preferências, o mesmo que os “nanicos” Levy Fidelix (PRTB) e Vera Lucia (PSTU).
Eleitos para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa em 2018, na onda do antipetismo, os ex-bolsonaristas, Joice Hasselmann (PSL) e Arthur do Val (do partido Patriota, que se apresenta como “Mamãe Falei”) aparecem com apenas 2%.
O ex-tucano Andrea Matarazzo (PSD), que já comandou a subprefeitura da Sé, na região central da capital, tem 1%, mesma taxa dos estreantes Marina Helou (Rede) e Filipe Sabará (Novo).
Neste início de campanha, há sinais de que os paulistanos estão menos interessados na eleição. Na pesquisa espontânea, aquela em que o entrevistado revela sua escolha antes mesmo de receber um disco de papel com os nomes dos candidatos, nada menos que 56% dos eleitores se declaram indecisos, e outros 22% afirmam que votarão nulo ou em branco. Há quatro anos, na primeira pesquisa Ibope da campanha municipal de 2016, a taxa de indecisos em São Paulo, no levantamento espontâneo, era de 45% – também alta, mas onze pontos porcentuais inferior à atual.
IstoÉ